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Imprensa
Efeitos recessivos ainda pesam sobre a qualidade de crédito, diz Moody’s

As perspectivas econômicas do Brasil estão melhorando após uma profunda recessão, mas a recuperação será árdua e qualquer melhora na qualidade geral de crédito levará algum tempo para acontecer, disse nesta terça-feira (27) a agência de classificação de risco Moody’s em um relatório.
A Moody's rebaixou a nota do Brasil e tirou o grau de investimento – selo de bom pagador – em fevereiro deste ano. A nota do país caiu dois degraus de uma vez: passou de Baa3, o último nível dentro do grau de investimento, para Ba2, que é categoria de especulação. A agência também colocou o Brasil em perspectiva negativa, indicando que pode sofrer novo rebaixamento.
A agência disse que a economia brasileira deverá crescer 0,5% no próximo ano após contrair 3,5% em 2016. “A recuperação será conduzida principalmente pelo investimento das empresas, devido ao aumento da confiança, e a necessidade das companhias de elevar a produção para reabastecer os estoques reduzidos”, informou.
Segundo a Moody’s, “a conclusão do processo de impeachment presidencial também permitiu que o governo Temer prosseguisse com políticas de inflação críveis e medidas para fortalecer a disciplina fiscal. As medidas propostas são vitais para aliviar as preocupações dos investidores e manter os fluxos de capital, bem como para impulsionar a confiança”.
Para Gersan Zurita, vice-presidente sênior da Moody’s, a estabilização das condições econômicas ajudará a conter o estresse financeiro para as empresas brasileiras e suportará melhoras modestas do desempenho corporativo. “No entanto, as condições restritas de liquidez, altas taxas de juros e desemprego continuarão a pesar na economia até pelo menos o final de 2017”, disse.
De acordo com o relatório, a utilização da capacidade estabilizou, mas permanece nas mínimas históricas. Além disso, como os setores exportadores brasileiros irão contribuir para a recuperação econômica dependerá dos desdobramentos da taxa de câmbio.
Para a Moody's, os bancos manterão a aversão ao risco. "No entanto, se a confiança melhorar, alguns credores terão flexibilidade para aumentar mais rapidamente suas carteiras de empréstimos. Uma recuperação econômica gradual não apenas favorecerá um aumento da demanda por crédito, mas acelerará uma melhora na qualidade dos ativos", finalizou.
Na segunda-feira, a Moody's informou que a perspectiva para o setor bancário brasileiro se mantém negativa, sob a expectativa de que a rentabilidade e a qualidade de ativos vão continuar enfrentando pressão por causa dos efeitos da recessão no país.
 

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