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Imprensa
Intervenções do Banco Central devem ser temporárias

Nos últimos dias, o Banco Central voltou a atuar na cotação do dólar – com swaps reversos de aproximadamente 10 mil contratos – quando a moeda chegou a atingir o valor de R$ 3,19, bem abaixo do valor dos últimos meses. Hoje pela manhã (20), a moeda americana operava com instabilidade, chegando a apresentar variações com quedas de até 0,23% e altas de 0,07%, atingindo o valor de R$ 3,2614, devido a fatores externos, a decisão a ser tomada pelo Copom do Banco Central sobre a taxa Selic e ao novo leilão de swaps reversos, o que pode ser visto como uma ação contrária à declaração de Ilan Goldfajn que afirmou que a política era incentivar um mercado flutuante. “Essas recentes atuações do Banco Central evidenciam uma fase de transição de governo e de políticas econômicas”, analisa Paulo Figueiredo, diretor de operações da FN Capital, e prossegue: “As interferências serão pontuais e de maneira mais leve. A tendência é não mudar tão radicalmente em um curto período de tempo”.
 
Durante o processo de impeachment da presidente Dilma, o valor do dólar apresentava constante queda, porém, naquele momento, o Banco Central era bem atuante e agia de forma agressiva para impedir a baixa do dólar. Depois, a mudança para o governo de Temer trouxe uma nova política econômica, com o BC anunciando uma menor atuação sobre a cotação do dólar. Embora as ações do BACEN estejam mais brandas que as anteriores, elas continuam segurando a queda da moeda, porém o objetivo, ainda, é caminhar para um mercado mais flutuante. "Entendemos que a intenção é deixar uma flutuação livre do câmbio, mas com o passar do tempo e com a política econômica se estabelecendo, essas intervenções devem se encerrar", relata Paulo.
 
Após o ânimo causado por uma expectativa de um mercado de câmbio mais livre, esperava-se que houvesse um recuo dos investidores diante das recentes intervenções do BC. Contudo, para o diretor de operações da FN Capital, a moeda continuou sua tendência de queda e, por isso, não se viu um desânimo por parte do mercado financeiro, que entendeu que as medidas fazem parte de um processo para deixar as ações mais brandas.

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