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Imprensa
BC diz que cenário não permite corte de juro e busca IPCA de 4,5% em 2017

O Banco Central informou nesta terça-feira (28), por meio do relatório de inflação do segundo trimestre deste ano, que o cenário central "não permite trabalhar com a hipótese de flexibilização das condições monetárias", ou seja, com corte de juros.


Informou ainda que adotará as medidas necessárias para que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país - que deve superar novamente o teto do sistema de metas neste ano, ao ficar próxima de 7% - caia para a meta central de 4,5% em 2017.


De acordo com estimativas feitas pelo Banco Central, a inflação oficial do país atingiria 4,7%, em 2017, somente se a taxa básica de juros, atualmente em 14,25% ao ano (o maior patamar em dez anos) não fosse reduzida até o fim do ano que vem. A projeção considera, ainda, a taxa de câmbio estável em R$ 3,45 por dólar.


Novo presidente do BC
Esse foi o primeiro documento divulgado com a assinatura do novo presidente do BC. Ilan Goldfajn, nomeado pelo presidente em exercício Michel Temer, assumiu o cargo no lugar de Alexandre Tombini - na esteira do processo de impeachment de Dilma Rousseff.


Em sua sabatina no Senado Federal, no começo do mês, Goldfajn disse querer "cumprir plenamente a meta de inflação estabelecida pelo CMN, mirando o seu ponto central" - algo que não acontece desde 2009. Até então, porém, não tinha explicitado se poderia revisar a meta central de inflação do ano que vem - de 4,5%.


O principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias é a taxa básica de juros da economia brasileira, que serve de referência para o mercado financeiro. Em 14,25% ao ano, a taxa Selic está no maior patamar em 10 anos e, também, em um dos níveis mais elevados do planeta em termos reais (após o abatimento da inflação prevista para os próximos doze meses).


Ajuste nas contas públicas
De acordo com o relatório de inflação, "há avanços no combate à inflação", mas acrescentou que sua continuidade depende de ajustes, principalmente fiscais, ou seja, relativos às contas públicas.


Recentemente, o governo propôs a instituição de um teto para gastos públicos nos próximos anos, que não poderiam crescer mais do que a inflação do ano anterior, abrangendo inclusive os setores de Saúde e Educação. A proposta visa tentar conter a forte deterioração das contas públicas, que pode ter um rombo de até R$ 170,5 bilhões neste ano.

 

"Além disso, outros fatores interferem no combate à inflação, como a inércia derivada do processo de realinhamento de preços relativos, a confluência de fenômenos climáticos sobre a produção mundial de alimentos, mais especificamente de grãos, e seus efeitos sobre os preços domésticos e, as incertezas em relação ao comportamento da economia mundial", avaliou o Banco Central.

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